Entrevista com Ricardo Silva

Dando sequência à série de entrevistas com os atletas que representaram a Seleção Brasileira no Campeonato Mundial deste ano, na Tailândia, falamos com Ricardo Silva, integrante da Federação Cearense de Muay Thai. Confira;

 

1 – O que te levou a ser lutador de muay thai? Conte a sua história nesse esporte.

Eu sempre gostei de artes marciais. Um dia, um amigo me levou para ver um evento de muay thai, foi quando me apaixonei, e na semana seguinte já comecei a treinar. O professor Rodrigo Bulldog me deixou treinar de graça na sua academia, já que eu não tinha condições financeiras pra pagar. Após três meses, já estava participando das minhas primeiras competições.

 

2 – O que você tira dos treinos de muay thai que pode ser aproveitado na sua vida cotidiana?

Responsabilidade, lealdade, companheirismo, humildade, respeito, solidariedade e a conquista de verdadeiros amigos.

 

3 – Fale um pouco sobre as suas conquistas.

Minhas maiores conquistas foram as verdadeiras amizades que construí ao longo desses sete anos que prático muay thai, porque amizade é a base de tudo. Com a ajuda dessas amizades, realizei dois sonhos: ser o primeiro representante do Ceará a se tornar campeão brasileiro e ter disputado o campeonato mundial em 2012 e 2013.

 

4 – Como você avalia o desempenho da seleção brasileira no Mundial 2013?

Ainda não tenho competência para avaliar a seleção brasileira, mas conheço quem tem. Os Mestres Artur Mariano e Ivan e o Grão Mestre Narany, esses sim, são as pessoas ideais para avaliar e tomar conta de uma seleção que a cada ano cresce mais, graças ao trabalho sério da CBMT.

 

5 – Como avalia o seu próprio desempenho?

Apesar das dificuldades que poucos sabem e do esforço que fiz para chegar até lá, meu desempenho foi muito satisfatório, graças a Deus. O bom resultado se deu graças à minha garra, determinação, força de vontade e também ao Mestre Artur Mariano e a toda a equipe Champions Factory, que abriram as portas e me deram toda a assistência que um atleta pode ter. A minha primeira luta foi contra um atleta tricampeão mundial e, depois de muito equilíbrio, perdi nos pontos. Obtive a 6º Colocação, fui muito elogiado por todos os meus companheiros de seleção e sei que não fui melhor por conta de uma contusão que tive no pé.

 

6 – Para você, qual foi o momento mais emocionante do Mundial 2013?

Primeiramente, sem dúvidas, foi o titulo do Victor Santos, que é uma pessoa por quem tenho muito carinho. Depois, foi  ter realizado o sonho de mais uma vez ter mostrado o meu trabalho sério e competente.

 

7 – Como você descreveria a importância dos treinadores da Seleção durante o Mundial?

Eles são espelho para todos nós, sabem ser pais, amigos, companheiros. Cada um deles tem sua história e passa um pouco dessa experiência para todos nós. Eles realmente sabem como treinar um atleta para as competições, e, graças a isso, vêm os resultados positivos ao longo desses anos.

 

8 – Como você avalia o trabalho que vem sendo desenvolvido pela CBMT?

O Mestre Artur Mariano, junto com a equipe da CBMT, vem se empenhando ao máximo para difundir ainda mais nosso esporte. A maior prova disso é nossa filiação à WMF (World Muay Thai Federation), que reconhece a CBMT como o único órgão responsável pelo muay thai no Brasil. As atuais conquistas no Campeonato Mundial e as participações de atletas nos eventos, que vem crescendo muito, só confirmam isso.

Sei que o trabalho é árduo, mas os principais envolvidos seguem nos proporcionando grandes eventos.

 

9 – Veremos você no Mundial 2014?

Se depender da minha determinação, força de vontade e preparo físico, estarei lá sim. Agora, espero ansiosamente conseguir patrocínio, pois não tenho boas condições financeiras.

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